As malformações arteriovenosas cerebrais (MAVs) são caracterizadas como um novelo de artérias e veias anormais que são ligadas por conexões diretas conhecidas como fístulas. Em outras palavras, trata-se de uma doença congênita da comunicação entre as artérias e veias cerebrais, nas quais existe um novelo de vasos sanguíneos frágeis e malformados.

A patologia é responsável por 10 a 15% de todas as malformações arteriovenosas intracranianas, representando um risco maior de morbidade e mortalidade. Vale dizer que cerca de 50% dos pacientes com MAV cerebral têm hemorragia intracraniana.

Além disso, a doença pode ocasionar várias complicações e sintomas, incluindo dor de cabeça, crises convulsivas, hemorragias e isquemias cerebrais, o que pode levar à morte ou a limitações graves. Diante desse cenário, qual o melhor caminho a seguir?

MAV e agora?

Pensando no risco de hemorragia e óbito, as opções de tratamento giram em torno de cirurgia, embolização e radiocirurgia. Neste último, o neurocirurgião aposta em uma resolução à base de radiação, induzindo o fechamento dos vasos malformados.

Além disso, a radiocirurgia costuma ser eficaz para aquelas malformações menores que 3,5 cm, porém, a obliteração completa precisa de, pelo menos, um a três anos depois do tratamento e a chance de cura não é uma garantida.

A microcirurgia também é o tratamento mais eficaz. Usando um microscópio, é possível localizar e retirar a MAV, curando o paciente.

O tratamento por embolização, na maioria das vezes é indicado para auxiliar os dois tratamento anteriores, radiocirurgia e microcirurgia. Na radiocirurgia para diminuir o tamanho da MAV, e na microcirurgia para diminuir o fluxo de sangue, diminuindo o risco e aumentando a eficácia dos dois tratamentos.

Vale lembrar que quem indica a melhor forma de tratamento é o neurocirurgião responsável pelo caso, tendo em vista que ele é um profissional capacitado para averiguar a melhor opção diante das variáveis de cada paciente.