Você já ouviu falar da cirurgia endoscópica endonasal para a base do crânio? O artigo de hoje é sobre essa técnica minimamente invasiva, que tem sido bastante eficiente no tratamento de tumores de hipófise. Vamos saber melhor?

Tumores de hipófise, o que são?

Mais comum em mulheres, os tumores de hipófise correspondem a 10% dos tumores intracranianos.

Para quem não sabe, a hipófise é uma espécie de glândula-mestra, localizada na base do cérebro. Ela é responsável por conduzir outras glândulas do corpo na produção de seus respectivos hormônios.

Na maioria das vezes, os tumores na hipófise são benignos, mas, ainda assim, podem causar sérios problemas de saúde. Os tipos mais comuns são os adenomas, que são chamados de funcionantes (quando liberam hormônios em excesso) e de não-funcionantes (quando não produzem hormônios). Eles não se espalham para outras partes do corpo.

Os sintomas podem incluir mudanças faciais, perda de libido, aumento do número do sapato, dores de cabeça, distúrbios da visão e secreção de leite nas mamas. Além disso, esses tumores podem secretar quantidades excessivas de hormônios ou levar à falta deles.

Atualmente, o tratamento cirúrgico pode ser indicado em casos de compressão do nervo óptico ou falha do tratamento clínico. Hoje, a maioria dos tumores pode ser tratada cirurgicamente com acesso endoscópico transnasal, que diminui a morbidade e o tempo de internação.

Cirurgia endoscópica endonasal para a base do crânio

Um procedimento sem cortes e sem manipulação do tecido cerebral. Assim é a cirurgia endoscópica endonasal para a base do crânio, um procedimento realizado por poucos centros especializados em saúde no Brasil e no mundo.

Por meio de um endoscópio associado a uma câmera e a uma fonte de luz, o cirurgião consegue acessar, através do nariz, as posições centrais da base do crânio de forma minimamente invasiva. Esse tipo de cirurgia tem sido eficaz principalmente no tratamento dos tumores da hipófise, craniofaringiomas, meningiomas do tubérculo selar, cordomas etc.

Na verdade, essa nova maneira de fazer cirurgia evita que seja realizada uma ressecção óssea aberta maior ou uma retração do cérebro do paciente. Em outra época, esse tipo de procedimento precisaria ser feito com cortes grandes no couro cabeludo do paciente. Graças à tecnologia de sistema de óptica, hoje é possível acessar áreas mais profundas com uma melhor abordagem para a cirurgia.

Como consequência, o paciente pode ter um pós-operatório muito mais tranquilo, um melhor prognóstico do caso e, ainda, uma recuperação mais rápida.

No Brasil, a Santa Casa BH é um dos centros especializados que fazem esse tipo de cirurgia, uma vez que conta com uma equipe multidisciplinar totalmente capacitada, com equipamentos modernos e tecnologia de ponta. Em resumo, a cirurgia objetiva minimizar complicações, auxiliando a equipe médica com uma precisa localização intra-operatória das estruturas anatômicas.

Para detectar possíveis tumores na hipófise, é necessário visitar o médico regularmente e manter seus exames em dia. Na suspeita de alterações hipofisárias, procure um profissional para uma avaliação!