O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral, é uma doença que ocorre quando o sangue não consegue chegar em certas regiões do cérebro. E é um assunto muito sério, uma vez que pode deixar sequelas em todo o corpo.
Inclusive, depois da queda dos casos de Covid-19, os AVCs voltaram a ser a principal causa de óbitos no Brasil. Nos quatro primeiros meses de 2022 foram registradas mais de 35 mil mortes pela doença. Mas o que temos de evolução no tratamento do AVC ao longo dos últimos 20 anos?
O que é o AVC
O AVC acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, causando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea.
O AVC pode ocorrer de duas formas:
1 – AVC isquêmico: quando há obstrução de um vaso sanguíneo, impossibilitando a corrente sanguínea chegar até determinada área do cérebro.
2 – AVC hemorrágico: quando existe um rompimento das paredes do vaso sanguíneo, causando um derramamento de sangue no cérebro.
Sintomas
Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como:
• dor de cabeça muito forte, de início súbito, sobretudo se acompanhada de vômitos;
• fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, geralmente afetando um dos lados do corpo;
• paralisia (dificuldade ou incapacidade de se movimentar);
• perda súbita de fala ou dificuldade para se comunicar e compreender o que se diz;
• perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos.
Fatores de risco
A hipertensão arterial, diabetes, obesidade, colesterol alto, tabagismo, arritmias cardíacas e o sedentarismo são um dos principais vilões da nossa saúde, podendo desencadear um episódio de acidente vascular cerebral.
Consequências de um AVC
Ele é responsável pela maior incidência de danos neurológicos e incapacidade no mundo, com uma taxa que equivale a mais de 10% dos óbitos no planeta. De acordo com um levantamento da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia cerca de 70% das pessoas têm algum prejuízo funcional e 30% apresentam dificuldades de locomoção.
Prevenção
Não fumar;
Não consumir álcool;
Não fazer uso de drogas lícitas;
Manter a alimentação saudável;
Manter o peso ideal;
Beber bastante água;
Praticar atividades físicas regularmente;
Manter a pressão sob controle;
Manter a glicose sob controle.
Evolução do tratamento ao longo dos últimos 20 anos
Uma pesquisa sobre o progresso da neurocirurgia nos tratamentos para AVC evidencia que as melhorias se devem à rápida tradução das pesquisas em soluções para os pacientes, à avaliação neurológica urgente para pacientes com suspeita da doença e a técnicas de rápida intervenção cirúrgica para pacientes com AVC mais grave.
Os destaques dos tratamentos estão no desenvolvimento de exames de neuroimagem e dispositivos tecnológicos, que aumentaram a capacidade médica cirúrgica. Somando-se a isso, as técnicas de reabilitação de pacientes com sequelas neurológicas tiveram evolução.
Podemos dizer ainda que os investimentos em pesquisas clínicas com foco em diagnósticos e tratamentos de AVC foram cruciais para alcançar essas conquistas.