Você já ouviu falar da clipagem de aneurisma? Esse é um procedimento cirúrgico que, como o próprio nome já sugere, trata o aneurisma, que, por sua vez, é caracterizado como uma protuberância na parede da artéria.
A proposta desse tipo de cirurgia é isolar um aneurisma de sua circulação normal, de forma a não bloquear pequenas artérias na proximidade. Então, o cirurgião coloca um pequeno clipe na base do aneurisma para conter e até mesmo evitar o sangramento.
Saiba mais detalhes sobre essa técnica.
Indicação da clipagem
Primeiramente, vale dizer que a clipagem de aneurisma é realizada sob anestesia geral, já que é feita uma abertura no crânio, a famosa craniotomia. Dessa forma, o cérebro é levemente retraído a fim de que o cirurgião possa encontrar o aneurisma. A partir daí, ele insere um pequeno clipe na base do aneurisma e impede a entrada do fluxo sanguíneo normal.
Na verdade, esse clipe é como um prendedor em forma de molas, só que muito menor. Ele contém lâminas que permanecem bem fechadas até que seja aplicada pressão para abri-las. Vale dizer que esses clipes são feitos com material de titânio e se alocam na artéria de forma permanente.
Mas para quem o procedimento é indicado? Bom, primeiro, é preciso considerar o risco de ruptura e a saúde integral do paciente. Já que a clipagem envolve o uso de anestesia, internação e abertura do crânio, pacientes com comorbidades podem ser tratados com outras abordagens terapêuticas, menos invasivas.
O cirurgião considera vários fatores, como o tamanho, a localização e a geometria da base do aneurisma. Vale mencionar que a clipagem provou sua eficácia a longo prazo por várias décadas, porém, a melhor alternativa de tratamento permanece altamente individualizada. Por isso, é importante discutir com o médico a técnica mais apropriada para cada caso em específico.
Quem se submete à clipagem corre riscos?
Sim. Na verdade, nenhum procedimento está livre de riscos. Mas complicações gerais relacionadas à cirurgia cerebral giram em torno de infecção, reações alérgicas, AVC, convulsão e inchaço no cérebro.
Mais especificamente sobre a clipagem, os riscos podem envolver AVC, convulsão, sangramento.
Há pesquisas que sugerem que pode haver perda de memória e incapacidade cognitiva depois da craniotomia para o corte do aneurisma, principalmente em pacientes acima de 50 anos.
Fica a dica: Hoje em dia, a maioria dos clipes de aneurisma é feita de titânio e não é detectada por portões de segurança. Contudo, é muito importante saber se o seu clipe é compatível com ressonância magnética antes de realizar o exame.