De acordo com estudo desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Unicamp, o novo coronavírus pode causar problemas neurológicos em mais de 30% dos pacientes. Isso significa que uma a cada três pessoas que tiveram Covid-19 podem sofrem com sequelas neurológicas.

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Entenda por que a Covid-19 pode trazer sequelas neurológicas

Segundo a pesquisa, os danos causados ao sistema nervoso estão no rol das complicações mais frequentes quando o assunto é Covid-19, além das que afetam o sistema pulmonar. Geralmente, as sequelas neurológicas se manifestam nas pessoas que sofrem com os quadros mais graves da doença, mas isso não anula a probabilidade de que atinja quem teve quadros leves ou moderados.

Para os especialistas, o novo coronavírus causa um processo de inflamação generalizada. O problema atinge não apenas o pulmão e as vias aéreas, mas também o cérebro. Nesse sentido, o vírus acomete sobretudo as estruturas e células que dão suporte aos neurônios.

Uma vez danificados, os neurônios podem sofrer com micro-hemorragias. Essa inflamação também pode chegar aos pequenos vasos, levando à obstrução da passagem de sangue. Isso pode acarretar até mesmo uma isquemia cerebral, fazendo com que o paciente apresente a forma aguda dos sintomas ou que tenha manifestações tardias, o que chamamos de “Covid longa”.

Podemos dizer que as manifestações neurológicas e psiquiátricas são comuns entre os casos de Covid-19. De acordo com estudos, cerca de 34% dos pacientes recuperados foram diagnosticados com um ou mais problemas como:

Ansiedade;
Depressão;
Estresse pós-traumático;
Insônia;
Dificuldade de concentração;
Problemas de memória;
Cansaço mesmo sem esforço;
Névoa cerebral.

Como prevenir

Na verdade, não existe um modo de prevenir o aparecimento de problemas neurológicos. Porém, o que pode ser feito é um diagnóstico mais rápido do Covid-19.

Por exemplo, se o especialista encontra alguma alteração no exame neurológico, ele pode submeter o paciente à tomografia ou ressonância magnética. Em casos de inflamação, o mais indicado é tratá-la para evitar as sequelas tanto neurológicas quanto psiquiátricas.

Ainda vamos conviver com o coronavírus por muito tempo, por isso, precisamos nos adaptar e normalizar a ida ao médico na presença de qualquer anormalidade.