Hoje vamos falar por aqui da malformação arteriovenosa (MAV) cerebral, uma condição, conhecida como uma teia complexa e repleta de artérias e veias, onde existe curto-circuito e pressão elevada devido ao sangue arterial fluir de forma rápida nas veias. Em outras palavras, caracteriza-se como uma conexão entre artérias e veias que não apresentam sistema capilar usual.
A MAV, na verdade, é vista como uma anomalia vascular que costuma ocorrer mais frequentemente no sistema nervoso central.
Neste artigo, falaremos sobre a MAV cerebral e em como se dá o tratamento cirúrgico nesse caso.
Então, continue a leitura!
MAV
Na maioria das vezes elas são assintomáticas, mas, em alguns casos apresentam sangramentos e resultam em um problema mais sério. A comunicação anormal da MAV pode causar estouro da veia, já que, por ser fina, ela não aguenta receber o sangue arterial.
Além do sangramento, alguns sintomas podem ser crise convulsiva, cefaleia, perda de força em um dos lados do corpo e déficits neurológicos.
Tratamento
O tratamento depende do tipo de malformação vascular, localização e extensão da lesão e crescimento. Por exemplo, temos as MAVs que sangram, quando o paciente tem hemorragia, AVC (devido a ruptura de arteriovenosa com malformação), aneurisma venoso ou arterial. E há, ainda, as que apresentam sintomas sem sangramento, como convulsões, deficiência neurológica, cefaleia e afins.
Veja os tratamentos mais eficazes:
A ressecção cirúrgica é feita para remover os vasos sanguíneos emaranhados. O profissional utiliza uma técnica chamada craniotomia para atingir o cérebro, durante o qual uma pequena abertura é feita no crânio. Assim que o cirurgião tem acesso à MAV, e através da microcirurgia as artérias e as veias anormais são retiradas. Isso direciona o fluxo sanguíneo para os vasos normais, evitando que a MAV vaze ou estoure.
Outra opção é a embolização, que envolve a inserção de um tipo de cola na MAV, por meio de um tubo fino conhecido como cateter. Isso bloqueia o fluxo sanguíneo para a MAV, o que pode auxiliar a limitar a perda de sangue durante a cirurgia, assim como reduzir o fluxo sanguíneo.
Há, também, a radiocirurgia, onde feixes de fótons altamente energizados (partículas de luz) são direcionados à MAV, utilizando um aparelho chamado Gamma Knife ou Linac. Com o tempo, isso faz com que a MAV encolha e cicatrize, fechando os vasos sanguíneos anormais, de forma que o sangue não flua mais por eles, diminuindo o risco de sangramento e também tornando a MAV mais fácil de tratar usando técnicas cirúrgicas abertas.
A escolha do tipo de tratamento deve ser tomada com cuidado e por uma equipe multidisciplinar. Isso porque esse tipo de procedimento traz risco potencial de complicações graves. Nesse sentido, os membros da equipe devem considerar bem os planos de tratamento.