O tumor de corpo carotídeo, também conhecido como paraganglioma, é entendido como uma neoplasia rara. Geralmente, esse tipo de tumor, que conta com a presença de massa cervical abaixo do ângulo da mandíbula, é benigno, indolor e acomete indivíduos entre a quarta e a quinta décadas de vida.
Mas quais são as causas do tumor de carótida? Ele pode ter origem familiar? Continue a leitura para saber mais!
Tumor de corpo carotídeo
Apenas para contextualizar, o corpo carotídeo é uma pequena estrutura ovóide, de superfície irregular e de coloração rósea, que mede de 1 a 2 milímetros de diâmetros. Fica localizado bilateralmente nas bifurcações das artérias carótidas comuns.
Os paragangliomas de corpo carotídeo são tumores bastante raros. Esse tipo de tumor surge na bifurcação da carótida, que é a principal artéria que leva sangue do coração para o crânio e para os órgãos da face. Em alguns casos, pode apresentar comportamento maligno, ao manifestar invasão de estruturas adjacentes e comprometimento metastático regional e/ou sistêmico.
Ele pode ser assintomático ou se manifestar como uma tumoração de crescimento lento, indolor e pulsátil na região do pescoço. Algumas das queixas são rouquidão, soluções, disfagia, zumbido e dificuldade para engolir.
De acordo com estudos, os tumores do corpo carotídeo representam 60 a 67% dos tumores paraganglionares na região da cabeça e pescoço, ocorrendo com maior frequência entre 45 e 50 anos de idade. Hoje em dia, há cerca de 600 casos relatados na literatura; Vale dizer que a presença de lesão bilateral é encontrada em apenas 2 a 10% dos casos.
Pode ter origem familiar?
Sim. O indicado é traçar uma história pessoal e familiar do paciente, levando em consideração que podem haver mutações germinativas nos casos de idade precoce, tumores multicêntricos bilaterais e história familiar de paragangliomas. Nestes doentes, é possível realizar um estudo genético para descartar as síndromes mais frequentes associadas aos paragangliomas.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser estabelecido por meio da arteriografia seletiva, que demonstra a presença de uma massa vascular na bifurcação da artéria carótida comum.
Tratamento
O tratamento cirúrgico continua sendo a maneira mais eficaz de tratar esse tipo de tumor, utilizando-se da dissecção subadventícia quando possível. Para ressecção desse tipo de lesão é extremamente crucial estabelecer o diagnóstico diferencial, definir uma equipe médica de diferentes especialidades e estar ciente das possíveis complicações.