A ressecção cirúrgica máxima de tumores cerebrais de alto grau tem sido associada a uma melhor sobrevida do paciente
No entanto, essa abordagem também pode trazer o risco de deterioração neurológica e piora no estado de desempenho dos pacientes, o que pode afetar negativamente a sobrevida global e até mesmo impedir a administração de terapias adjuvantes.
Por outro lado, no caso de gliomas de baixo grau (LGG), a ressecção segura máxima é considerada o “padrão de ouro” para alcançar uma sobrevida prolongada, com o objetivo de obter o máximo benefício de sobrevida com risco mínimo de déficits funcionais.
Saiba mais!
Padrão ouro para tratamento do glioma de baixo grau: maximal safe resection
A ressecção máxima segura, tradução para o português, é uma estratégia cirúrgica que busca a remoção do máximo possível do tumor, levando em consideração a preservação das estruturas críticas do cérebro e minimizando o risco de complicações pós-operatórias. Para os pacientes com gliomas de baixo grau, essa abordagem tem mostrado resultados promissores em termos de sobrevida e qualidade de vida.
Ao realizar a ressecção máxima segura, o cirurgião neuro-oncológico emprega técnicas avançadas de mapeamento cerebral e monitoramento neurofisiológico para identificar com precisão as áreas funcionais do cérebro e evitar danos desnecessários. Essa abordagem personalizada permite a remoção do tumor de forma abrangente, preservando ao máximo as funções vitais do paciente.
Benefícios dessa técnica
Além dos benefícios diretos na sobrevida, a ressecção máxima segura também pode levar a melhores resultados em relação ao controle de sintomas e qualidade de vida. Ao remover a maior quantidade possível de tecido tumoral, há uma redução da massa tumoral e, consequentemente, uma diminuição da pressão exercida sobre as estruturas cerebrais adjacentes. Isso pode aliviar sintomas como dores de cabeça, convulsões e déficits neurológicos, proporcionando um alívio significativo aos pacientes.
No entanto, é importante ressaltar que a decisão de realizar a ressecção máxima segura deve levar em consideração uma avaliação completa do paciente, incluindo fatores como idade, estado geral de saúde e localização do tumor. Em alguns casos, pode haver restrições para a realização de uma ressecção agressiva devido a riscos específicos associados a determinadas áreas do cérebro.
Em resumo, a ressecção máxima segura é reconhecida como o padrão de tratamento para gliomas de baixo grau, oferecendo uma combinação única de benefícios na sobrevida, controle de sintomas e qualidade de vida. Através de técnicas avançadas e cuidadosamente planejadas, os cirurgiões neuro-oncológicos buscam maximizar a remoção do tumor, mantendo a função cerebral intacta.
Lembrando que cada caso é único, e a equipe médica especializada é fundamental para avaliar e determinar a abordagem mais adequada para cada paciente.